sexta-feira, 23 de março de 2012


Alimentação

Anvisa orienta panificadoras a reduzir sal no pão

Guia lançado pela agência indica que seja adicionado 0,2% menos sal à farinha de trigo, um dos ingredientes da massa do pão francês

Guia de Boas Práticas: Ministério da Saúde estabelece metas de redução de sódio em sete tipos de alimentos Guia de Boas Práticas: Ministério da Saúde estabelece metas de redução de sódio em sete tipos de alimentos (Thinkstock)


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de lançar um guia com orientações para as padarias e outras empresas de alimentação fabricarem o tradicional pãozinho com menor teor de sal. As informações são da Agência Brasil.
No guia, uma das dicas é diminuir a adição de sal à farinha de trigo, um dos ingredientes da massa. Em dezembro passado, o Ministério da Saúde e as indústrias de massa, trigo e panificação firmaram acordo que prevê a diminuição dos atuais 2% de sal no pão francês para 1,8% até 2014. Batatas fritas, bolos prontos, salgadinhos de milho e biscoitos recheados também estão na lista do acordo.

"Isso significa que em 2011 uma receita que utiliza 50 quilos de farinha de trigo e que, tradicionalmente, é adicionada de 1.000 gramas de sal (2% da base de farinha de trigo) terá a quantidade desse produto diminuída para 950 gramas (1,9% da base de farinha de trigo) até o fim de 2012, e para 900 gramas (1,8% da base de farinha de trigo) até o fim de 2014", diz o guia de boas práticas.

A adoção do guia é voluntária. O brasileiro consome em média 3.200 mg de sódio por dia, acima do indicado pela OMS. De acordo com pesquisa do IBGE, mais de 81% dos garotos e 77% das meninas na faixa etária de 10 a 13 anos ingerem sódio além do máximo tolerável. A ingestão excessiva contribui para a pressão alta, doenças cardíacas e renais.

Redução de sódio

Pão francês
Teor atual: 648mg/100g
Meta: 586mg/ 100g
Redução: 2,5% ao ano até 2014

Batata palha ou frita
Teor atual: 720mg/100g
Meta: 529mg/ 100g
Redução: 5% ao ano até 2016

Salgadinhos de milho
Teor atual: 1.288mg/100g
Meta: 747mg/ 100g
Redução: 8,5% ao ano até 2016

Bolos prontos
Teor atual: 463mg/100g
Meta: Entre 204mg/100g e 332g/100g (varia conforme o tipo de bolo)
Redução: De 7,5% a 8% ao ano até 2014

Misturas para bolo
Teor atual: 568mg/100g
Meta: 334mg/100g (aerados) e 250mg/100g (cremosos)
Redução: De 8% a 8,5% ao ano até 2016

Biscoitos
Teor atual:1.220mg/100g (salgados), 490mg/100g (doces) e 600mg/100g (doces recheados)
Meta: 699mg/100g (salgados), 359mg/100g (doces) e 265mg/100g (doces recheados)
Redução:  7,5% a 19,5% ao ano até 2014

Maionese
Teor atual: 1.567mg/100g
Meta: 1.052mg/100g
Redução: 9,5% ao ano até 2014

Fonte:  http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-orienta-panificadoras-a-reduzir-sal-no-pao--2





Campanha quer reduzir o consumo de sal

22 de julho de 2011
Estimativas demonstram que a população brasileira consome cerca de 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5 gramas diárias. Para diminuir esse número e, consequentemente, os casos de doenças relacionadas à alta ingestão de sódio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) lançam na próxima semana a Campanha de Redução do Consumo de Sal.O projeto piloto da campanha, resultado do trabalho conjunto entre a Anvisa, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), será realizado nos supermercados do Distrito Federal (DF). O lançamento será na próxima terça-feira (26), na solenidade de abertura da Expo Ecos 2011, um encontro que reúne supermercados das regiões Centro-Oeste e Norte, em Brasília (DF). No evento, promovido pela Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), a Anvisa terá um stand para orientar a população e os comerciantes sobre a campanha.O objetivo é conscientizar os consumidores em relação à redução do uso do sal e orientá-los a fazer escolhas mais saudáveis ao adquirir alimentos. Fólderes, banners e cartazes irão alertar os clientes dos supermercados sobre os perigos do consumo excessivo de sal. “Além de incentivar o consumo de alimentos naturais, a campanha pretende criar nas pessoas o hábito de ler a rotulagem nutricional dos alimentos industrializados e escolher aqueles com menor teor de sódio”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.Também serão disponibilizados aos supermercados spots para serem veiculados nas rádios internas dos estabelecimentos. Os supermercados que aderirem à campanha serão identificados com o slogan: “Esta empresa apóia a campanha de redução de consumo de sal”.A campanha reforça as estratégias para a redução do consumo de sódio pela população brasileira e se alia ao compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e as indústrias de alimentação para a redução gradual da quantidade de sódio nos alimentos processados.DadosO consumo excessivo de sal contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como: hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doenças renais. Segundo a OMS, em 2001, essas enfermidades foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo. Quase metade de todas essas mortes é atribuída às doenças cardiovasculares.No Brasil, em 2007 as DCNT responderam por 72% do total das mortes por causa conhecida. Entre as décadas de 30 e de 90, a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes.Em termos de custos ao Sistema Único de Saúde, no período de 2001 a 2010 houve aumento de 63% dos gastos em internações associadas à hipertensão (desconsiderando o ônus com perda da qualidade de vida, não mensuráveis). Internações por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram em 2010 quase U$20 milhões de dólares o sistema de saúde brasileiro.PesquisaEm 2010, a Anvisa desenvolveu  uma pesquisa sobre o perfil nutricional dos alimentos processados. Análises laboratoriais das quantidades de sódio, açúcares, gorduras saturadas, gorduras trans e ferro avaliaram a composição nutricional de alguns alimentos prontos para consumo.Os alimentos industrializados selecionados foram aqueles usualmente consumidos pela população brasileira, principalmente as crianças e caracterizados por apresentarem alta densidade energética e baixo conteúdo de fibra, características que aumentam o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.Os resultados encontrados demonstraram que existe uma grande variabilidade nos teores desses nutrientes, principalmente do sódio, dentro da mesma categoria o que significa que há possibilidades de redução sem que isso represente impacto na tecnologia de produção.  Dentre todas as categorias analisadas a que apresentou maior quantidade do nutriente sódio foi a do macarrão instantâneo e temperos para macarrão.Fonte:  http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2011+noticias/campanha+quer+reduzir+o+consumo+de+sal

Nutrição na Mídia


Anvisa quer reduzir o consumo de sal entre os brasileiros

OMS recomenda 5 g por dia; no país, são consumidos em média 12 g
Alerta. O excesso do sal nos ALIMENTOS pode contribuir para o aumento da pressão arterial
RIO DE JANEIRO. Pesquisas indicam que os brasileiros consomem cerca de 12 g de sal por dia - mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5 g diárias. Para tentar reduzir esse consumo e os casos de doenças relacionadas ao problema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) lançam hoje a Campanha de Redução do Consumo de Sal.
O projeto piloto da campanha, resultado do trabalho conjunto entre a Anvisa, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), será realizado nos supermercados do Distrito Federal (DF), e apresentado na abertura da Expo Ecos 2011.
O objetivo é conscientizar a população sobre os benefícios de diminuir o uso do sal e orientar sobre escolhas mais saudáveis ao adquirir ALIMENTOS. "Além de incentivar o consumo de ALIMENTOS naturais, a campanha pretende criar nas pessoas o hábito de ler a rotulagem nutricional dos ALIMENTOS industrializados e escolher aqueles com menor teor de sódio", explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.
O consumo em excesso de sal contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como HIPERTENSÃO, doenças cardiovasculares e doenças renais. Segundo a OMS, em 2001, essas doenças foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo. Quase metade de todas essas mortes é atribuída às doenças cardiovasculares.
No Brasil, em 2007 as DCNT responderam por 72% do total das mortes por causa conhecida. Entre as décadas de 30 e de 90, a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes.
Em termos de custos ao Sistema Único de Saúde, no período de 2001 a 2010 houve aumento de 63% dos gastos em internações associadas à HIPERTENSÃO (desconsiderando o ônus com perda da QUALIDADE DE VIDA, não mensuráveis). Internações por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras doenças isquêmicas oneraram em 2010 quase U$20 milhões de dólares o sistema de saúde brasileiro, de acordo com a Anvisa.
Doenças crônicas
O Ministério da Saúde abriu consulta pública sobre o plano nacional de combate a doenças crônicas não transmissíveis que valerá para 2012-2022.
A meta estipulada pelo plano - elaborado pelo ministério em parceria com associações da sociedade civil - é reduzir em 2% ao ano o número de mortes de brasileiros com menos de 70 anos de idade por essas doenças.
O material está disponível na página do ministério na internet (www.saude.gov.br)
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Fonte: http://www.cfn.org.br/eficiente/sites/cfn/pt-br/site.php?secao=nutricaonamidia&pub=745

O Projeto de Extensão O Cuidado com a Pressão Arterial




Autora: Profª M.S. Luana Campinho Rêgo

O Projeto de Extensão O Cuidado com a Pressão Arterial começa na hora das compras foi idealizado como um trabalho que pudesse envolver os alunos para uma problemática em saúde atual e que tivesse a educação como intervenção estratégica para prevenção e tratamento. Por que escolhemos a hipertensão arterial sistêmica (HAS)??
O mal da hipertensão arterial está crescendo no Brasil, e atinge um em cada quatro brasileiros adultos. Em Salvador a realidade não é melhor... em torno de 26% da população tem diagnóstico de hipertensão arterial, dados da VIGITEL (2009), mas acredita-se que, por ser uma doença sem sintomas, uma grande parte da população não saiba sobre sua condição de hipertenso... e essa porcentagem pode atingir mais de 40%!  E qual o problema de ser hipertenso??
A hipertensão arterial não se limita ao aumento da pressão exercida pelo sangue de dentro para fora nas artérias, mas pode atingir órgãos nobres...como o coração, que tem maior probabilidade de infartar ; o cérebro, que sofre mais com os AVCs, os rins que entram mais frequentemente em falência, na chamada insuficiência renal crônica. Em outras palavras, a hipertensão, quando não tratada, faz órgãos importantes entrarem em sofrimento e o indivíduo terá maior chance de morrer ou de ter que lidar com sequelas que irão diminuir sua qualidade de vida. Não é isso que queremos, não é mesmo?



O que devemos fazer, então??  A primeira recomendação para prevenir e tratar a hipertensão é o que todos nós já sabemos...Temos que diminuir o consumo de sal!! Você sabe que o brasileiro gosta muito de comer sal?? O brasileiro, em média, consome 12 gramas de sal por dia, mas o ideal seria consumir 5 gramas... Consumimos mais que o dobro! E olha que, nesta conta de quanto comemos, não foi contabilizado o que o brasileiro come de sal quando se alimenta fora de casa... Comemos mais que o dobro de sal indicado como ideal!!
Nosso trabalho se insere na necessidade de promover a redução do consumo de sal em alimentos... Como o brasileiro come cada vez mais alimentos industrializados, focamos os alimentos embalados. Como saber se um alimento embalado tem muito ou pouco sal? É simples, vamos ler os rótulos... Você sabe ler os rótulos nas embalagens de alimentos?? Pesquisa recente do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia mostrou que a maioria esmagadora dos 1.294 hipertensos perguntados não sabe ler os rótulos e não sabe fazer a relação entre o sal e o sódio descrito nas embalagens de alimentos.  Encontramos a necessidade... Realizar educação em saúde para promover a redução do consumo de alimentos processados com altos teores de sal através da escolha consciente na hora das compras...
Nosso objetivo, de outra forma explicada, é ensinar às pessoas a entender os rótulos de alimentos para que possam realizar suas escolhas de forma mais consciente. Nos eventos que já realizamos desde 2011, ensinamos como ler os rótulos, chamando a atenção para o conteúdo de sódio (substância que está no sal e que realiza o aumento da pressão arterial).  Abrimos uma mesa com produtos industrializados de altos teores de sódio (sal), que à primeira vista parece que estão em promoção (organizamos como a maioria dos supermercados faz quando expõe um produto em promoção)...na realidade, as porcentagens chamam a atenção para o conteúdo de sal  em uma única porção do alimento indicado. Acredite muitos dos alimentos expostos beiram 80 a 90% do sal que devemos consumir no dia inteiro em uma única porção...



A organização atrai os que passam e então aproveitamos para distribuir folders e explicar como realizar a leitura do conteúdo de sódio (sal) nos alimentos, através dos rótulos.
Aproveitamos a oportunidade para chamar a atenção de alguns dos principais fatores de risco à hipertensão arterial, o excesso de peso e o excesso de gordura localizada na barriga. Já é conhecido há bastante tempo que indivíduos com excesso de peso e, principalmente de acúmulo de gordura na região da barriga, tem maior chance de se tornar hipertensos... esta relação do aumento de peso com a hipertensão também vale para crianças e explica porque temos cada vez mais crianças hipertensas.
Nos eventos, além de aferir a pressão arterial, medimos a circunferência da cintura e calculamos o índice de massa corpóreo (IMC), através das medidas do peso e altura. Neste momento classificamos os indivíduos e explicamos qual a sua realidade em relação ao que é estipulado como normal.
Nosso primeiro evento ocorreu no Supermercado Extra da Paralela, em 29 de abril de 2011 (na semana de comemoração nacional do combate à hipertensão, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia). Foi um sucesso, durante todo o dia, falamos com mais de 700 pessoas e medimos a pressão de mais de 500... Os funcionários da própria loja também participaram e gostaram tanto que estamos devendo a eles um evento exclusivo.





A repercussão foi ainda maior entre os alunos participantes.... É tão esplendorosa a alegria em poder ajudar ao próximo exercendo um pouco das suas futuras profissões, mesmo ainda tão iniciantes... que temos hoje uma lista que não para de crescer de alunos que querem participar.








O nosso segundo evento, em outubro de 2011, ocorreu na semana de Saúde do bairro Nordeste de Amaralina, lá na sua Unidade básica de saúde (antigo posto de saúde). O sucesso se repetiu e mais de 600 pessoas participaram, mesmo em baixo de chuva... Neste evento, coletamos, sob consentimento de cada participante, os dados mensurados de IMC e circunferência da cintura, e estamos em fase de análise para breve retorno à comunidade e publicação em revista científica e aqui neste blog.




O nosso terceiro evento, também em outubro de 2011, realizado na semana de Qualidade de Vida da DeVry Brasil, nos campus da própria Faculdade Área 1 e Ruy Barbosa, na paralela e Rio Vermelho, atendemos alunos, funcionários e professores e estamos muito felizes de contribuir de alguma forma na melhoria da saúde daqueles que convivemos e que tanto nos ajudam nas tarefas do dia a dia. O trabalho teve tão positiva repercussão que já estamos com novo evento agendado, para a próxima semana de Qualidade de Vida da DeVry Brasil, agora em 2012 e para a III Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia que ocorrerá em maio deste ano.




Estamos em fase de preparação da nossa terceira edição do projeto para a semana Nacional de Combate à Hipertensão que ocorrerá agora em abril... Continuem acessando o nosso blog... Em breve postaremos onde ocorrerão os eventos, serão muitos nesta edição... Esperamos a sua participação... Até lá!



quarta-feira, 21 de março de 2012

Construção da agenda de reformulação de alimentos processados com as indústrias de alimentação

Em 2007 foi assinado e, em 2010, foi renovado Termo de Compromisso entre o Ministério da Saúde e associações representativas do setor produtivo (como a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação/Abia), que traz, entre seus objetivos, a redução das quantidades de açúcar, gorduras e sódio nos alimentos processados.

Primeiramente, a partir de 2008, foi trabalhada a redução das gorduras trans, com base no compromisso sinalizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), de reduzir a quantidade de gorduras trans a valores não maiores do que 5% do total de gorduras em alimentos processados e não maiores que 2% do total de gorduras em óleos e margarinas. Na primeira avaliação desse processo, em 2010, verificou-se que houve 93,4% de alcance das metas pelas indústrias representadas pela Abia, o que representou uma redução estimada em 250 mil toneladas de gorduras trans nos produtos processados.

Em 2010, foi proposta uma nova agenda, relacionada ao sódio, com vistas a contribuir para os esforços de redução do consumo de sódio da população brasileira a menos de 2000mg/pessoa/dia até 2020, que vem sendo intensamente trabalhada em conjunto pelo Ministério da Saúde, Anvisa e entidades representativas das indústrias, segundo os critérios, cronograma e resultados descritos adiante.

A construção de acordos e compromissos com associações traz como principais vantagens a representatividade no mercado (que varia de 60% a mais de 90%, de acordo com o produto em questão), a força de implementação das mudanças no setor e a impessoalidade e desvinculação com marcas.

Esse pacto foi oficializado por meio de Termo de Compromisso entre o Ministério da Saúde e entidades representativas das indústrias de alimentos, em abril de 2011, no qual são estabelecidas as categorias prioritárias para a redução, o cronograma para o estabelecimento das primeiras metas de redução e as primeiras metas pactuadas para 2012 e 2014.

As discussões gerais sobre a redução da quantidade de sódio nos alimentos industrializados vêm sendo realizadas no âmbito da Câmara Setorial de Alimentos da Anvisa e as discussões específicas, por categorias de alimentos e outros assuntos técnicos, no Grupo de Trabalhado, coordenado pela CGAN/MS, do qual participam a Anvisa, a Coordenação-Geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis (CGDANT/MS) e representantes do setor produtivo. 

Dada a importância desse tema na agenda da saúde, a reformulação dos alimentos processados figura no Plano Plurianual de Ação do Ministério da Saúde para 2012-2015, bem como no Plano Nacional para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis.

Definição das categorias prioritárias de redução

As categorias prioritárias foram definidas segundo a contribuição de cada alimento à ingestão de sódio pela população brasileira (de acordo com a aquisição domiciliar segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, de 2002-03, e o teor de sódio nos alimentos, segundo a Tabela de Composição de Alimentos e, complementarmente, outras fontes). Além disso, também foram adicionadas categorias de alimentos com elevado teor de sódio que são mais consumidos por públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes.

A lista pactuada tem os seguintes produtos: pães (francês, de forma, bisnaguinha), caldos e temperos, laticínios (bebidas lácteas, queijos petit suisse e mussarela, requeijão), biscoitos (cream cracker, recheados, maisena), margarina, embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame, mortadela), macarrão instantâneo, bolos (bolos prontos e misturas para bolo), snacks (batata frita, salgadinhos de milho), derivados de cereais, refeições prontas (pizza, lasanha, sopas).

Linha de base para a redução dos teores de sódio

A linha de base representa o retrato do ponto de partida do processo de redução dos teores de sódio nos alimentos processados, a partir do qual são construídas as metas de redução e em relação à qual ocorre o processo de monitoramento e avaliação deste processo.

Os valores mínimos, médios e máximos dos teores de sódio, padronizados por miligramas de sódio por 100g de produto pronto para o consumo, em cada categoria de alimento, são definidos a partir das informações dos produtos das empresas vinculadas às associações representativas da indústria.

Constituem referências oficiais para avaliação dos dados providos pelas indústrias o Informe Técnico nº 42/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o Perfil Nutricional de Alimentos Processados, e, em caráter complementar, pesquisas de rotulagem nutricional de alimentos realizadas pela CGAN/MS.

Cronograma e critérios para metas da redução dos teores de sódio

Tendo em vista garantir a redução gradual dos teores de sódio nos alimentos processados até 2020, está previsto o estabelecimento de metas intermediárias, a cada dois anos (2012, 2014, 2016 e 2018). o estabelecimento de critérios claros e objetivos para a avaliação das metas de redução das quantidades de sódio nos alimentos processados representa a garantia de legitimidade ao processo de pactuação, a relação das metas a impactos potenciais relevantes sobre o consumo de sódio pela população e as responsabilidades das partes envolvidas nas pactuações e na consecução da meta final de redução do consumo de sal no Brasil até 2020.

Pretende-se que as indústrias de alimentos reduzam o conteúdo de sódio em seus produtos aos menores níveis possíveis ao longo do tempo, sempre levando em consideração a segurança sanitária e a qualidade dos alimentos, assim como a aceitabilidade destes alimentos pelos consumidores.

Os níveis máximos de sódio nos produtos no Brasil devem ter, até 2020, valores iguais ou menores do que as referências internacionais de redução, sempre que houver correspondência entre as categorias de alimentos. No caso da ausência de correspondente internacional ao alimento, servirá como valor de referência para o estabelecimento da meta de redução o limite inferior do teor de sódio naquele tipo de alimento na linha de base (Informe Técnico Anvisa nº 42/2010, pesquisas de rotulagem nutricional/CGAN/DAB/SAS/MS e informações complementares disponibilizadas pelo setor produtivo de alimentos).

Como critérios para as metas estabelecidas para 2014, as metas devem ser menores do que as médias ajustadas dos teores de sódio na linha de base da categoria e ou deve representar a redução nos teores de sódio de pelo menos 50% das marcas daquela categoria. Para 2012, as metas devem representar valores intermediários entre o valor máximo na linha de base e as metas estabelecidas para 2014. 

Para os períodos subsequentes (2016 e 2018), o foco para o estabelecimento das metas intermediárias deverá ser o alcance da meta final do Plano em cada categoria. Portanto espera-se que, até 2016 e 2018, respectivamente, pelo menos 50% e 80% das marcas alcancem a meta prevista para aquela categoria para o ano de 2020.

Excepcionalidades aos critérios estabelecidos para a definição e avaliação das metas poderão ser consideradas, desde que devidamente fundamentadas e documentadas do ponto de vista técnico, e acatadas coletivamente no âmbito do Grupo de Trabalho do Plano, durante o estabelecimento e pactuação das metas e no processo de monitoramento do alcance destas.

Veja aqui as metas de redução já pactuadas, por categorias de alimentos.

Monitoramento e avaliação da redução

O monitoramento e a avaliação são parte fundamental do plano de redução do consumo de sódio este plano, voltadas para conhecer os processos, resultados e impactos de suas ações e acompanhar a evolução dos esforços das indústrias de alimentos para a redução do teor de sódio nos alimentos processados e sua repercussão sobre os gastos do Sistema Único de Saúde e sobre a saúde da população.

O Sistema de Monitoramento deste Plano será constituído de fontes primárias e secundárias de informações para acompanhar o teor de sódio disponível em alimentos processados no mercado brasileiro.

Este monitoramento deverá ser realizado, em conjunto pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio de:

- Levantamento de rotulagem nutricional dos alimentos;
- Levantamento da evolução da utilização dos principais ingredientes com sódio (sal e aditivos) pelas indústrias;
- Análise laboratorial de alimentos.

No médio e longo prazos, somam-se às ações de monitoramento as estratégias de avaliação do plano, sob responsabilidade do Ministério da Saúde, que combinam informações de estudos, pesquisas e dados provenientes dos sistemas de informação em saúde, voltados principalmente para o impacto do plano sobre a ingestão de sódio pela população brasileira avaliada por inquéritos populacionais e sobre os indicadores de morbimortalidade por doenças e agravos associados ao consumo excessivo de sódio, bem como avaliações de custo-efetividade das ações deste plano.

Orientações para a redução do consumo de sódio.

Consumo diário:

De acordo com o Guia Alimentar para a população brasileira, a recomendação de sal (NaCl) não deve ultrapassar 5g por dia (1,7g de sódio). Isso equivale á aproximadamente uma colher de chá de sal. É importante lembramos que os alimentos que consumimos possuem o sódio intrínseco, já presente nos alimentos, sem ter adicionado sal propriamente dito.

O consumo excessivo de sal, a partir de 6g, é uma das maiores causas de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Uma das maneiras mais práticas de se diminuir o consumo de sal é comparar a quantidade de sódio nos alimentos, observando as informações nutricionais no verso das embalagens. Opte sempre por escolher aquele que possui menos sódio/ sal.

Entendendo a rotulagem nutricional:

A informação nutricional na embalagem dos produtos alimentícios é obrigatória. Alguns dos itens presente nas tabelas são: valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas e trans, fibra alimentar e sódio. Geralmente são apresentadas as quantidades por porção e porcentagem referente à recomendação diária daquele nutriente.

Como identificar se um alimento é rico em sódio?

Se a quantidade de sódio for superior a 400mg em 100g do alimento, este é considerado um alimento rico em sódio, sendo prejudicial à saúde, devendo ser evitado.

Outra informação importante presente nos rótulos dos alimentos é a composição dos mesmos. Os ingredientes utilizados para sua elaboração. Eles são listados na ordem decrescente de concentração, ou seja, se um ingrediente aparece como primeiro da lista, significa que maior parte do produto é composta por ele.

O sal que não vemos (intrínseco)

Geralmente imaginamos o sal somente como aquele que adicionamos ao preparo da comida ou aquele do saleiro á mesa. Porém o sal é utilizado no processamento de vários alimentos industrializados. Aproximadamente 75% do sal que ingerimos é proveniente dos próprios alimentos que consumimos, ou seja, daqueles alimentos que não adicionamos sal. Alguns alimentos são ricos em sódio, como é o caso dos embutidos (salsichas, lingüiças, presunto, mortadela), conservas, defumados entre outros.

Você não precisa parar de consumir esses alimentos, apenas evite-os, dando preferência á alimentos pobres em sódio (para saber como identificar um alimento rico em sódio, volte ao link “entendendo a rotulagem nutricional”).

Como reduzir o consumo de sal

1. Evite a utilização de temperos prontos e caldos concentrados, eles são ricos em sódio, glutamato monossódico entre outros;

2. Utilize ervas desidratadas, temperos naturais, pimenta e sucos de frutas para temperar os alimentos;

3. Evite também o uso de gordura animal como o bacon, toucinho, entre outros;

4. Não utilize saleiro á mesa;

5. Não acrescente sal no alimento depois de pronto.

VOCÊ SABIA?

As papilas gustativas presentes na nossa boca, que identificam o gosto salgado, demoram cerca de 3 meses para se adaptar á uma dieta reduzida em sal. Por isso, é questão de tempo o costume à uma dieta mais saudável e pobre em sódio. Pense nisso!

Fonte: http://nutricao.saude.gov.br/sodio_orientacoes.php

Boa Noite. Sejam Bem vindos!

 

Esse é o primeiro post do nosso blogger e vamos apresentar aqui todos os passos e resultados de nosso trabalho no Programa de Experiências que construimos sob a orientação da nossa professora Luana Rêgo. Esse é um projeto que começou no início do 1º semestre de 2011 e hoje conta com um grupo de mais de 90 alunos envolvidos. Com o objetivo de educar e orientar as pessoas em relação ao consumo de sódio e ao risco de problemas cardiovasculares, foi desenvolvida uma atividade bastante interessante, onde os alunos, divididos em grupos, coletaram os seguintes dados: pressão arterial, altura, peso, circunferência da cintura, IMC e idade e fizeram orientações sobre o índice de sódio nos rótulos dos produtos. Foi muito interessante, pois podemos observar que a maioria dos consumidores não têm o hábito de ler a informação nutricional dos produtos que adquire e nós pudemos ajudar nisso. Em 26 de outubro o nosso PEX foi aqui em Salvador, no bairro Nordeste de Amaralina, onde contamos com o imenso apoio da Clínica Nordeste de Amaralina e tivemos uma experiência maravilhosa com todos aqueles moradores, que nos trataram com tanto carinho. Dia 28 do mesmo mês, a atividade continuou, só que agora na Faculdade Área 1 pela manhã e a tarde no outro Campus da nossa faculdade, a Ruy Barbosa do bairro Rio Vermelho. Ainda vamos começar o 2º passo, que é usar esses dados para construirmos um artigo bem legal descrevendo tudo o que coletamos. Enfim, aproveitem e fiquem ligados em cada etapa do nosso processo! Beijos e nossos agradecimentos a TODOS que contribuiram direta e indiretamente para o nosso sucesso!! Até a próxima ;D