Nutrição na Mídia
Anvisa quer reduzir o consumo de sal entre os
brasileiros
OMS recomenda 5 g por dia; no país, são consumidos em média 12 g
Alerta. O excesso do sal nos ALIMENTOS pode contribuir para o aumento da
pressão arterial
RIO DE JANEIRO. Pesquisas indicam que os brasileiros consomem cerca de 12 g
de sal por dia - mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS), que é de até 5 g diárias. Para tentar reduzir esse consumo e os
casos de doenças relacionadas ao problema, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) lançam hoje a Campanha de
Redução do Consumo de Sal.
O projeto piloto da campanha, resultado do trabalho conjunto entre a Anvisa,
o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), será
realizado nos supermercados do Distrito Federal (DF), e apresentado na abertura
da Expo Ecos 2011.
O objetivo é conscientizar a população sobre os benefícios de diminuir o uso
do sal e orientar sobre escolhas mais saudáveis ao adquirir ALIMENTOS. "Além de
incentivar o consumo de ALIMENTOS naturais, a campanha pretende criar nas
pessoas o hábito de ler a rotulagem nutricional dos ALIMENTOS industrializados e
escolher aqueles com menor teor de sódio", explica a diretora da Anvisa, Maria
Cecília Brito.
O consumo em excesso de sal contribui para o aumento do risco de
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como HIPERTENSÃO,
doenças cardiovasculares e doenças renais. Segundo a OMS, em 2001, essas doenças
foram responsáveis por 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no
mundo. Quase metade de todas essas mortes é atribuída às doenças
cardiovasculares.
No Brasil, em 2007 as DCNT responderam por 72% do total das mortes por causa
conhecida. Entre as décadas de 30 e de 90, a proporção de mortes por DCNT
aumentou em mais de três vezes.
Em termos de custos ao Sistema Único de Saúde, no período de 2001 a 2010
houve aumento de 63% dos gastos em internações associadas à HIPERTENSÃO
(desconsiderando o ônus com perda da QUALIDADE DE VIDA, não mensuráveis).
Internações por acidentes vasculares cerebrais, infarto do miocárdio e outras
doenças isquêmicas oneraram em 2010 quase U$20 milhões de dólares o sistema de
saúde brasileiro, de acordo com a Anvisa.
Doenças crônicas
O Ministério da Saúde abriu consulta pública sobre o plano nacional de
combate a doenças crônicas não transmissíveis que valerá para 2012-2022.
A meta estipulada pelo plano - elaborado pelo ministério em parceria com
associações da sociedade civil - é reduzir em 2% ao ano o número de mortes de
brasileiros com menos de 70 anos de idade por essas doenças.
O material está disponível na página do ministério na internet (www.saude.gov.br).
Fonte: http://www.cfn.org.br/eficiente/sites/cfn/pt-br/site.php?secao=nutricaonamidia&pub=745
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